quarta-feira, 11 de julho de 2007

AS PAREDES DO QUARTO

Se as paredes do meu quarto falassem,
Diria o quanto sofro:
Pelos amores não correspondidos,
Pelo fracasso da luta acovardada.
Por ser incompreendido,
Pela desatenção das pessoas amadas.

Falariam então:
Da imensidão dos meus sonhos,
Dos momentos de solidão.
Dos risos e choros,
Que em um travesseiro ponho.

Falariam de meus amores,
Das aversões.
De apenas uma paixão,
De desadoração.

Falaria também:
Das alegrias do cotidiano,
Dos momentos de amores.
Dos versos que componho,
Da presença mister de quem amo.

Enquanto parede, está em segredo,
Abro meu coração, sem medo.
Ouve-me, mas não consola,
Não fala nada, ora bolas.



AS FOLHAS AMARELAS... ...DO CALENDÁRIO
As folhas do calendário,
Caem como folhas amarelas,
Tocam o chão e permanecem,
Num silêncio só delas.
Folhas novas virão,
Coisas novas também.
Novos dias, então, Para se fazer o bem.
O amarelo das folhas,
Pode ser sabedoria.
Novas páginas do calendário,
Mais dias para a alegria.
O verde das folhas,
Pode ser início de mês.
Quando o amarelo entoa,
O fim, então, tem a vez.
O dia anterior,
Não volta não, meu senhor.
Página virada,
Folha caída,
Fazem parte da vida.
Fabiano Filippi Chiella

terça-feira, 10 de julho de 2007

FABIANO FILIPPI CHIELLA

Formado em Licenciatura Plena em História pela Universidade de Caxias do Sul em agosto de 2007


ESCRITOR, POETA E HISTORIADOR